
O cabelo colado na porta do quarto,
fixava a casa no mapa de Pernambuco.
Sua força domava a cadência dos passos
num giro em torno de si mesmo.
Livros,livros e livros
no chão do mundo.
Todas as filosofias
lidas e estudadas.
O riso soltava-se na boca cheia
de sabores apurados pelo sol.
Lunática,
a alma se materializava
nos fios de fumaça.
Nas paredes e nas portas
desenhos de folhas
e sementes de marijuana.
No quarto, Sansão calculava
a matemática do tempo passado,
transformado nos ventos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário