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Espero o envelhe
cimento duro
na praça
no banco
Um rádio
toca fina
música:
xote baião
blues fado
não enfado:
vida
pala
vras
frias
mortas na b
oca língua
presa aos
poucos
dentes.
Envelhecer
à sombra
e água
fresca
na manhã
esperar o pão
fresco
cada dia
velejar enquanto
apaga a última
estrela.
sexta-feira, 23 de março de 2012
quarta-feira, 14 de março de 2012
Poema 14 de Março
(Dia Nacional da Poesia)
Dentes quebrados na boca,
sofrem as dores de ossos
gelados;
mascam a secura das folhas,
cospem os frutos mofados.
Soam meus ais,
dias nublados.
Poemas amargam,
curam, não ferem.
Não fedem,
não matam;
engolem a seco,
a massa: cal,
cimento, vidro
e sal.
A poesia morre desmorre
ilumina-se...ouve trovões.
Compra, paga,
rasga tostões.
Abre-se nos olhos secos,
mira as pedras, desertos
e mágoas.
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