terça-feira, 30 de dezembro de 2008

sábado, 27 de dezembro de 2008

As facas


As facas amoladas.
Vindas do puro aço
das serras de Minas.

As facas.

Pontas
afiadas

na hora
do medo.

O início
o corte.

O sonho
um som

um final
à guerra.


A mão bondosa
úmida e leve
rega a flor
re-nascendo.

As facas.

Na hora do furto,
um susto.
Os olhos,
soltos
saltam.
Secos, duros.

As pedras
ouvem a chuva.
Construimos a vida. Acreditamos mais nos disfarces. Adoramos a luz dos palcos. Brilhar é a missão.