segunda-feira, 8 de março de 2010

Cinderela

Atrás das portas
sou o enredo
dos palácios.

Observo-me
no leito.

Relógios quebrados
marcam meia-noite.

Sou
a Cinderela
sem sapatos.

Desfeito o encanto,
quebram meus dedos.

Altos são meus saltos
e o preço das joias.

À realidade, volto.
Trapos cobrem meu corpo,
visto o brilho das lágrimas.