quinta-feira, 30 de julho de 2009

Vai-e-Vem



O vento
vai e vem.

Vem e vai
leva a lã
no horizonte
do varal.

A v e

n

a v e

em pouso.


A calma

vaga

no ar.



Salva e sã
a vida salta
um luar
uma manhã.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Quisera

Quisera eu

contemplar o mundo,

sem o gosto amargo

dos teus pecados.


Quisera eu, no leito,

deliciar-me

a contemplar a rigidez do falo.


Quisera
sugá-lo no orvalho

e adormecer

sonhando luas

e astros.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Camaleônica.

Camaleônica.
(Revisto)

Tua língua lava o rosto
atrás de máscaras.


Múltiplos olhares
desenham palavras
ditas,
machadianas.

Nada em ti
lembra a Capitu.
Ou lembra?

Heteronômica.

Tua missão:
ser
sol,
lua,
oceanos.

Em versos,
escreves tuas faces
nos guardanapos
deixados nas mesas.

sábado, 25 de julho de 2009

Lilás.

Poemas seguem nuvens,

transportam às horas

um inverno lilás.

O Poema

Acontece o poema,
como joia rara.
Os versos,
pílulas iluminadas,
Chegam aos olhos,
refrigeram,
tocam à alma.

Liberta-se o poeta
nas palavras ritmadas
nos caminhos por onde passa.

Um Rio

Uma
pérola
a mais
no mar
distante.


O Tietê
em lama,
declara
água
à flor.

Num
ninho
o
poeta
fala
e
cala
sozinho.

domingo, 19 de julho de 2009

Poesia

é úmida
é máxima,
é sumo.

Asas no invisível,
desenham horizontes.

A poesia é rio
é copo d'água
matando a sede.

Divina essência
acorda
acalma
adormece
a alma.
Comece a mandar ainda Hoje! Grátis!



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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Um dia de Recife


Ó Recife. Te amo tanto!
Nas calçadas,
namorei ruas.
Caminhei pedras,
cheiros e rios...

Nas cores da quarta-feira,
brinquei teu carnaval.
Vi e ouvi
o Galo da madrugada
acordando alegrias.

Li teus poetas,
ouvi loas,
bebi luas à beira-mar.

Ó, Recife!

Quando a saudade bater seus tambores,
cantarei em pobres rimas
a marcha rancho dos meus amores.

domingo, 5 de julho de 2009

Corpos


Pausas,
olhares,
toques.
Dedos na pele
aquecem lábios.

Abertas,
as flores
namoram
estrelas.

Corpos renascem,
se entregam,
se encontram
num olhar,
naluz do amor.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O POSSÍVEL

Não desistir nunca.

Não ouço os lábios descrentes.

Sigo caminhos,

novos céus.

Imagino um mundo

onde tudo é possível.

E será.

Silêncio

Nua tarde
quase fria,
calava-se a poesia.

Adormecida, a alma,
sonhava calmaria.