quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Longe



Abraço meu corpo
e encontro  almas
a vagar desertos.

Soletro teu nome,
dedilho rosários.

A tarde, espero
vestidos rendados.

 Nas janelas,
ouço a valsa
 dos palácios.

Trêmulas,
as mãos desenham
lenços e laços.

o vento sopra suores
numa quarta-feira
sem batucada.

Respiro o ar frio
das madrugadas.

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