quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Confetes Mofados

Vago no tempo,
espero flores e abraços.

Fecho portas e janelas,
Abro as gavetas
onde guardo as cartas
de amores embriagados.

Leio, releio.
Choro tanto!

Vou ao espelho,
seco meus olhos.
Murmuro palavras
e sílabas cortadas.

Gargalho, danço,
ouço surdos
e tambores.

A horas passam ,
sopro poemas no vazio.
Guardo no corpo,
confetes mofados.

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