quarta-feira, 14 de março de 2012

Poema 14 de Março

(Dia Nacional da Poesia)


Dentes quebrados na boca,
 sofrem as dores de ossos
gelados;

mascam a secura das folhas,
cospem os frutos mofados.

Soam meus ais,
dias nublados.

Poemas amargam,
curam, não ferem.

Não fedem,
não matam;

engolem a seco,
a massa: cal,
cimento, vidro
e sal.

A poesia morre desmorre
ilumina-se...ouve trovões.

Compra, paga,
rasga tostões.

Abre-se nos olhos secos,
mira as pedras, desertos
e mágoas.

2 comentários:

  1. a poesia tem a capacidade de agregar os tesouros de nossa infância aos desejos de nossos sonhos. a dor ao riso. a palavra à magia. esta magia que lemos aqui.

    meu amigo poeta, poeta de mão cheia e alma plena: meu abraço!

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  2. Ó Celso. quanta gentileza escrever esse comentário!
    Afirmo que vivo a poesia e choro ao saber da indiferença às almas que sabem ouvir o vento e as folhas.

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