Não pertencemos a lugar nenhum.
Sonhamos:
voltar à casa,
à rua,
ao país.
Somos aves.
Sem pouso,
sem pátria,
sem ninho.
domingo, 26 de abril de 2009
Para e.e.cummings
Sem convites
sentou-se
todo nu
fazendo carícias
nos tapetes da sala.
Voltou.
Unhas vermelhas
tocavam horizontes.
Em círculos, as palavras
bailavam compondo poemas
colados no céu.
Doido
soltava as cores
da camisa estampada
com árvores e flores.
Num chão sem sol
brilhou no mar.
sentou-se
todo nu
fazendo carícias
nos tapetes da sala.
Voltou.
Unhas vermelhas
tocavam horizontes.
Em círculos, as palavras
bailavam compondo poemas
colados no céu.
Doido
soltava as cores
da camisa estampada
com árvores e flores.
Num chão sem sol
brilhou no mar.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Andorinha
Andorinha, andorinha.
A vida agora tem gosto de pano mofado.
Andorinha, andorinha!
Ensinai-me a voar.
Quero sair desse terno molhado
e desse mar
sem navio ancorado.
Andorinha,andorinha.
Ando sozinha, sem abraços, sem afetos.
Não me abondones nesse mundo
sem pecados prediletos.
A vida agora tem gosto de pano mofado.
Andorinha, andorinha!
Ensinai-me a voar.
Quero sair desse terno molhado
e desse mar
sem navio ancorado.
Andorinha,andorinha.
Ando sozinha, sem abraços, sem afetos.
Não me abondones nesse mundo
sem pecados prediletos.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
O Espirro
O Espirro
Atchim.
- Meu Deus!
Brilham estrelas
no céu
da minha boca.
Espirro
palavras.
Sílabas
explodem
nos lábios.
Demônios
se apagam.
Um grito:
Deus é a razão
na hora da dúvida.
Atchim.
- Meu Deus!
Brilham estrelas
no céu
da minha boca.
Espirro
palavras.
Sílabas
explodem
nos lábios.
Demônios
se apagam.
Um grito:
Deus é a razão
na hora da dúvida.
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